terça-feira, setembro 30, 2014

Apetece-me escrever.

Faz-me bem andar ocupada. Quer dizer, faz bem a toda a gente. Mas adiante, faz-me bem ter que me concentrar em algo que não os meus pequenos problemas. Por isso é que eu gosto de andar ocupada, porque tudo fica relativizado. O facto de querer emagrecer (e estar mas mais lentamente, demasiado por desmazelo), o facto de ser tudo uma incógnita com o João (sim, ainda este ser), o facto de o futuro me estar a chegar a uma velocidade "overwhelming". O não saber o que me espera. É tudo relativizado quando eu não tenho tempo nem para me coçar.
Adoro. Ter sempre o que fazer, sentir-me útil e querida. Adulta. Esta coisa da idade adulta confunde-me muito o cérebro. Quando é que eu vou deixar de olhar para mim própria como uma criança e passar a assumir a mulher em que me estou a transformar/sou? 
No outro dia só pus meio pacote de açúcar no café. Agora uso creme de mãos. Tenho uma escova na carteira e ando sempre com batom de cieiro atrás de mim (com cor, note-se). Eu era uma maria-rapaz, quando é que isto aconteceu?? É exactamente aquela frase:
“Isn't it funny how day by day nothing changes, but when you look back, everything is different...” C.S. Lewis.
 Segunda feira começo o bikini body guide, que tive que adiar uma semana precisamente porque me surgiu esta questão da ocupação. Sábado começam as minhas aulas de canto e música, tenho ficado em casa e tem-me sabido pela vida. Olho-me ao espelho e penso: Quem és tu e o que fizeste comigo?

Nota: estou a escrever isto e a beber chá sem açúcar. Um copo dos grandes de chá. Sem açúcar. Eu. Sem açúcar.


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